As coleções conhecidas por Gabinetes são antes de tudo espaços de estudos e exposições simultâneos e tem por história prática que remontam ao Renascimento, quando a nobreza ou a burguesia esclarecida, no afã de se firmar pela alta cultura, patrocinavam estudos acerca dos temas mais variados, botânica, arte, o novo mundo, as novas ciência e, por meio do objetos dispostos, suscitavam discussões, produções intelectuais ou simplesmente curiosidades.
Sistematizando-se a partir do século XVI, tais coleções, também conhecidas como “Câmeras de Maravilhas”, derivaram paulatinamente nos museus como os que conhecemos atualmente. Iniciaram-se, pois, com o acúmulo de objetos em gabinetes ou galerias e depois passaram a se dividir em tipologias específicas como pintura (ou pinacotecas), esculturas, arte sacra, arte moderna, etc.
No entanto, os museus preservaram seus gabinetes como espaços específicos para a preservação de obras que se baseiam em papel como suporte – tais como o desenho, a gravura, a fotografia – e que necessitam de cuidados e acondicionamentos semelhantes. Esses espaços de estudo e exposição se mantiveram como ambientes inseridos em museus – a exemplo do gabinete Carlos Oswald no Museu Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, ou a Pinacoteca do Estado de São Paulo, com o Gabinete José e Guita Mindlin – apresentando características próprias de acondicionamento, de leitura e de organização museográfica ou museológica.
A Coleção do De Etser conta hoje com mais de 200 obras, incluindo gravuras originais de artistas renomeados (clicar no nome do artista para biografia resumida), como Aldegrever, Rembrandt, Goya, Rubens, Schongauer, Dürer, Hokusai,Holgarth, Daumier, etc e de brasileiros como Otávio Araújo, Goeldi, Grassmann, entre muitos outros. Abaixo uma pequena amostra dessa importante coleção.