atlântica[o]

Bem vindo à mostra virtual de gravuras e aguarelas de Fabio Sapede, que ocorreu entre 17/12/2021 e 02/03/2022, na Casa de Cultura de São Sebastião/SP.

Sertão em risco
Água-forte
56,5 X 46,4 cm
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Gravador Fabio Sapede abre exposição Atlântica[o], em São Sebastião

O encantamento, o vigor e o mistério do mar e da floresta são os temas explorados por Fabio Sapede em Atlântica[o], aberta em 17 de dezembro (21), na Casa da Cultura de São Sebastião.
Fundador do atelier de gravuras De Etser, em São José dos Campos (SP), ao lado de George Gutlich, Fabio Sapede há vários anos envolveu-se com a poética da Mata Atlântica, sua neblina, sua umidade, paisagens intimamente interligadas aos ritmos céleres do oceano que lhe empresta o nome. O resultado são algumas visões muito originais e viscerais desse universo natural. “A vida vegetal, instaurada entre mar e rocha, é adorada em aquarelas e gravuras. Água e pedras: doçura e força que sublimam em bromélias”, escreveu George Gutlich ao apresentar Atlântica[o].
Fabio selecionou trabalhos de gravura em metal, litogravuras e xilogravuras, além de aquarelas, todos com essa alma de dimensão atlântica. Uma das gravuras expostas carrega outros símbolos: retratos de uma verdadeira viagem pela paisagem do litoral a Campos do Jordão, em frames que se interligam como um cipoal, foram escavados por Fabio e George ao longo de um tronco de uma árvore caída no Museu Casa da Xilogravura, em Campos do Jordão.
Serão expostas também ferramentas usualmente usadas em um atelier: berceau, ponta seca, brunidor, bem como um conjunto de matrizes. Fabio conhece bem a rotina dos ateliers de gravura e pode ser visto sempre manipulando com paixão as prensas do De Etser. Ou na orientação de alunos no Ateliê de Artes Visuais Johann Gutlich, equipamento da Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR), onde é professor.
No ambiente da exposição, um vídeo vai mostrar em detalhes algumas técnicas de gravura.

Texto: José Guilherme R. Ferreira